Francisco José de Bettencourt e Ávila, nascido a 24 de maio de 1827 na vila das Velas, ilha de São Jorge, Açores, foi uma figura proeminente na sociedade jorgense do século XIX. Reconhecido como grande proprietário rural, destacou-se especialmente na cultura da vinha e na promoção do desenvolvimento agrícola da região. Em reconhecimento aos seus contributos, foi agraciado com o título de 1.º e único Barão de Ribeiro pelo rei D. Luís I, através do decreto de 3 de junho de 1888.

Contribuições para a Comunidade

Para além das suas atividades agrícolas, Francisco José de Bettencourt e Ávila teve um papel significativo na vida religiosa e comunitária da ilha. Após a destruição da primitiva Ermida de Santo Cristo da Fajã das Almas, construída no final do século XVII por Lucas de Matos Pereira e consumida por um incêndio em setembro de 1880, foi sob sua liderança que se edificou a segunda ermida, demonstrando o seu compromisso com a preservação do património religioso local.

Vida Pessoal

Francisco José de Bettencourt e Ávila casou-se com Luísa Soares Teixeira, nascida a 26 de janeiro de 1832. Embora haja informações limitadas sobre a sua descendência, sabe-se que o casal compartilhou uma vida dedicada ao progresso agrícola e ao bem-estar da comunidade jorgense.

Legado

O falecimento de Francisco José de Bettencourt e Ávila ocorreu a 16 de julho de 1888, pouco tempo após a concessão do seu título nobiliárquico. O seu legado perdura na história da ilha de São Jorge, refletindo-se nas práticas agrícolas que incentivou e nas edificações religiosas que ajudou a reconstruir, simbolizando o seu empenho no desenvolvimento e na coesão da comunidade local.